terça-feira, 12 de maio de 2015

Depois do verbo "amar" o verbo mais belo do mundo é "ajudar". Bertha Von Suttner


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Ajudar!?


Amar aqueles que nos rodeiam é já por si é uma grande ajuda.

Criar um ambiente harmonioso, consagrar tempo para escutar, olhar nos olhos, sentir os que nos rodeiam. Se estão tristes, com medo ou inseguros. Segurar nas mãos ou pôr uma mão no ombro enquanto olhamos nos olhos, é uma forma de tranquilizar o nosso interlocutor e de lhe dizer que estamos a prestar-lhe atenção. "Agora estou aqui, contigo."

Levamos a vida a correr, todos os dias temos obrigações e deixamos de lado o mais importante, o Amor. Quando falo de Amor, não estou obviamente a falar de romance, embora faça parte da nossa vida não é a mesma coisa. Estou a falar de Amor Incondicional, estou a falar de um Amor relativo a todas as coisas, animais, plantas ou pessoas. Dar Amor por onde quer que passe, ter compaixão por todos os que cruzam o nosso caminho, no autocarro, na auto-estrada, no padeiro ou no Banco. Amar todas essas pessoas, mesmo que não "mereçam" e sobretudo se não "merecerem" pois ainda precisam de mais Amor. Quando me refiro a não "merecem", refiro-me à percepção que cada um tem dos actos do outro, porque na realidade todos merecemos Amor Incondicional, sendo que "incondicional" significa sem condição, esse Amor será oferecido independentemente da situação ou atitude da pessoa ou animal em questão,  oferecer-lhes um sorriso ou tocar no braço ou fazer uma festa num animal, é um gesto de carinho e Amor que pode mudar o dia de alguém, pode fazer toda a diferença. E como é comum, "O Amor quando partilhado, multiplica-se". Esse simples gesto de carinho vai fazer o efeito de uma onda que se vai repercutir na vida de outras pessoas todo ao longo do dia, porque quem recebe também dá.



Você está à escuta do outro?

Nem Sempre!! 
Muitas vezes, o meu desejo de ajudar e encontrar uma solução para as dificuldades, no propósito de aliviar as pessoas que eu amo ou que tenho por perto, supera as suas necessidades.
Por vezes as pessoas falam comigo sobre os seus problemas, porque têm confiança em mim e sabem que podem contar com a minha amizade sem julgamento e com discrição, e podem mesmo, mas o que acontece é que elas simplesmente precisavam de desabafar, exteriorisar o que estavam a sentir e ter em face alguém que as compreendesse. O efeito que este tipo de desabafos tem em mim é "temos que encontrar uma solução", no entanto estou agora consciente que elas não querem que eu lhes dê a solução, querem apenas aconchego, mimo, um ombro amigo. O facto de estar consciente disso não fará de mim uma pessoa desinteressada em relação aos outros, tentarei sempre dar a minha opinião sobre aquilo que pode ser feito numa mesma situação, mas sei também que talvez não tenha todos os dados sobre essa mesma situação e por esse motivo a solução pode ser inadaptada neste caso. Devemos deixar o "livre arbítrio" a todos.
(Livre Arbítrio é o poder que cada indivíduo tem em escolher as suas acções)



Por outro lado, há sempre algo que podemos fazer pelos os outros e que é da nossa responsabilidade, basta estar atento às necessidades dos que nos rodeiam.



"Pay it Forward" é um filme que me surpreendeu, não só pela sua história muito comovente, mas principalmente  pelo conceito.
O conceito é ajudar três pessoas que fazem parte do seu quotidiano, mas realmente ajudar com alguma coisa ou acção que eles realmente precisam, que irá mudar as suas vidas e quando isso for conseguido pedir-lhes para fazer o mesmo por outras três pessoas e assim por diante "Pága à frente", uma espécie de estafeta que se passa, e o circulo vai assim crescendo como uma onda que se expande do interior de um lago para o exterior.
Em geral, a maioria das pessoas espera ter a ajuda de alguém que ajudou no passado e se isso não acontecer fica desapontada com essa mesma pessoa. Aqui não é o caso, e nem na realidade por vezes a ajuda provém de onde não a esperamos e é assim mesmo que tem ser, pois não me parece sensato cobrar a quem ajudei nem que me cobrem a ajuda que me deram. É necessário criar uma onda de "Amor", de "bem querer", é da responsabilidade de todos aliviar a tristeza na nossa sociedade.




Olhamos todos para o nosso umbigo, o que me falta a "MIM"?

Na minha opinião, se tomasse-mos o tempo de olhar em nosso redor e compreender o que faz falta aos outros. Do que é que o meu vizinho precisa? A minha cunhada? O meu Padeiro?
Sentir-se responsável pelo que faz falta a quem nos rodeia, seria benéfico para nós mesmos, não do ponto vista do "Ego", mas pelo contrário uma forma de agradecer o que temos e assim partilhar-mos Amor, Tempo e Acções,deixaria-mos assim de dar tanta importância ao que nos falta. Como tal começaríamos a agradecer mais, a pedir menos, e a valorizar tudo o que temos.
Até que porque na minha opinião, todos temos o que precisamos, não o que queremos, mas sim o que precisamos, até porque o que queremos nem sempre é bom para nós.


Partilhei convosco o meu ponto de vista, e acredito que vai ser útil para reflectir-mos em conjunto uma forma mais eficaz de trazer a Paz ao mundo inteiro.
Eu sei, o meu projecto é ambicioso quando digo ao mundo inteiro, mas também sei que não estou sozinha.

Grata pela leitura.

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